quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Fim de Ano: Tempo de Gratidão



Fim de Ano: Tempo de Gratidão


Por Pr. Sérgio Pereira

Disse como muita propriedade certo escritor que agradecer faz bem ao coração. É terapia funcional que alivia as tensões da alma e alegra o rosto. A gratidão faz parte da vida do servo de Deus. Gratidão é voltar os olhos ao passado e com esperança direcionar os olhos para o futuro. A gratidão enobrece o individuo engrandecendo-o.
Ações de graças são um aspecto do louvor a Deus, e representam uma oferta feita a ele. No Velho Testamento, ações de graças freqüentemente são citadas em relação à adoração musical (Ne 12.46; Sl 69.30; 100:4; etc.). Sob o Novo Testamento, louvamos a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão em nossos corações (Cl 3.16; Ef 5.19-20). Na antiga aliança, ações de graças são mencionadas várias vezes quando se fala das ofertas e dos sacrifícios feitos pelo povo judeu (II Cr 33.16; Sl 107.22; Jr 33.11). Na aliança de Cristo, mostramos a gratidão em nossos sacrifícios e ofertas (II Co 9.11-12). Pensando dessa forma ajudará o nosso louvor. Ao invés de oferecer adoração egoísta, do estilo e da maneira que nos agrada, louvaremos ao Senhor da maneira que ele pede. Bandas de rock ou hinos acompanhados por instrumentos musicais podem agradar ao homem, mas o Senhor, na Nova Aliança, pediu louvor que vem do coração, oferecido com a voz e os lábios do adorador que serve em espírito e em verdade (Jo 4.24; I Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16; Hb 13.15). Quando louvamos a Deus para mostrar a nossa gratidão, vamos levantar as nossas vozes em adoração sincera. Vamos cantar louvores a Deus porque ele merece a honra. Pensemos no significado de cada palavra que cantamos, porque queremos adorar em espírito e em verdade.
A gratidão ou ações de graças trazem como resultado coisas maiores do que as recebidas até o momento, o senso de dependência de Deus e por fim, o senso de comunhão e união.
Assim quero ao final de mais um ano expressar minha gratidão a Deus.
Sou grato por minha família, que ao término de mais um ano está feliz, unida, entrelaçada com laços de fraternidade, cumplicidade e amizade.
Sou grato pelas provações, lutas e adversidades que enfrentei durante este ano. Elas me amadureceram, me aperfeiçoaram e me ensinaram a ser melhor do que eu era.
Sou grato pelas mudanças bruscas que enfrentei. Elas serviram para direcionar minha vida dentro do propósito e do plano já estabelecido por Deus e que era por mim desconhecido até então.
Sou grato pelos amigos que conquistei, por aqueles que mantive e por aqueles que se revelaram não serem meus amigos como eu pensava. Em tudo isso, aprendi que apesar das pedradas, devo continuar cultivando relacionamentos e apostando na amizade, pois esse é o desejo do Senhor.
Sou grato a Deus pela igreja que pastoreio. Junto a eles tenho aprendido a doar-me sem precedentes, a entregar-me sem qualquer resquícios de mesquinhez, a viver em comunidade, a partilhar o pão, a chorar com os que choram e a alegrar-se com quem se alegra.
Sou grato a Deus pelo ano que está chegando. Haverá conquistas, mas sei que antes delas, virão vales, adversidades,lágrimas que nos prepararão para recebermos o que Deus já tem preparado para nós.
Por tudo isso, obrigado Senhor!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ele Viu, Veio e Venceu



Ele Viu, Veio e Venceu


Norbert Lieth


Os que vieram antes de Jesus podiam apenas dizer como uma pessoa deveria ser. Jesus, porém, mostrou isso em Seu próprio corpo. Ele não apenas indicou o ideal, como os outros fizeram, mas Ele próprio foi o ideal e o viveu diante de nossos olhos. (O. Hallesby, em “Como Me Tornei Cristão)

Ele viu
Nas primeiras páginas da Bíblia lemos que Deus, depois de criar tudo, olhou para a criação e concluiu: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia” (Gn 1.31). O homem, nesse momento, vivia em perfeita harmonia com o seu Criador e com a criação. Mas então o pecado se interpôs, o ser humano perdeu a comunhão com Deus e a criação inteira foi afetada pela queda. A maldade começou a se alastrar: “viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração” (Gn 6.5). Deus enviou o dilúvio e salvou unicamente a Noé e sua família. Mas o pecado sobreviveu dentro da arca, e não demorou muito para que os homens se rebelassem novamente contra Deus. Construíram a torre de Babel, e Deus teve de intervir para acabar com o orgulho ilimitado da humanidade. Assim, os homens foram dispersos por todo o globo terrestre e Deus confundiu sua linguagem. Mais tarde, Deus escolheu Abraão, e depois dele seu filho Isaque e seu neto Jacó. Deus o fez por uma razão bem específica: queria enviar um Salvador, vindo da descendência de Abraão, para resgatar a humanidade da miséria de seu pecado. Para tanto, Deus deu a Abraão a promessa de que através dele e de sua descendência toda a humanidade seria abençoada: “...em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa foi uma clara indicação da vinda de Jesus para salvar o mundo, pois Ele veio da linhagem de Abraão através de Isaque e Jacó, que é Israel. Pensando nesse fato, Jesus disse que “a salvação vem dos judeus” (Jo 4.22). Cristo estava querendo dizer que a salvação para o mundo vem dos judeus porque Ele, como homem, descendia do povo judeu e trouxe a salvação ao mundo inteiro.
Quando Abraão se dispôs a sacrificar seu filho, Deus interferiu e não permitiu que o menino fosse morto. Mas no lugar do sacrifício de Isaque o próprio Deus, um dia, nos concederia um sacrifício de Si próprio trazendo a salvação para o mundo todo. Por esse motivo Abraão declarou profeticamente em relação a esse fato tão significativo no Plano de Salvação: “E pôs Abraão por nome àquele lugar – O Senhor Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do Senhor se proverá” (Gn 22.14). Com grande probabilidade, esse lugar onde Abraão queria sacrificar seu filho Isaque fica na cadeia montanhosa de Moriá, no monte Gólgota, onde Jesus Cristo morreu pelos pecados do mundo aproximadamente 2.000 anos depois. Deus havia eleito esse lugar, e lá Jesus quis se sacrificar por nós.

Ele veio
Ele veio como bebê, dependendo dos outros para Seus cuidados. Como criança, já começou a ser perseguido e teve de fugir.
O amor de Deus pelos homens foi maior do que a rejeição destes a Deus. Jesus veio à terra não para reinar como Rei, mas como servo, para nos salvar. Ele nasceu como bebê indefeso em condições de pobreza. Tornou-se servo por sofrer pessoalmente muito mais do que qualquer outra pessoa. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
O que significou o Natal para Deus? Em primeiro lugar, Deus separou-se de Seu Filho. O que essa separação deve ter representado para Ele? Jesus abriu mão de Sua glória no céu, que era um inimaginável reino de luz, pureza e beleza e onde incontáveis multidões de anjos O serviam, para vir à terra, dominada pelo pecado, pela impureza e pelo poder das trevas. Ele, que é a própria vida e que existe desde a eternidade, veio a um mundo onde reina a morte. Ninguém consegue imaginar e compreender esse contraste. Jesus não veio como rei, mesmo sendo Rei. Ele veio como bebê, dependendo dos outros para Seus cuidados. Como criança, já começou a ser perseguido e teve de fugir. Jesus não cresceu na riqueza, pois tinha de trabalhar pelo Seu sustento. Muitas vezes não foi compreendido pela Sua família e pelos Seus amigos. Os religiosos de Israel O rejeitavam e perseguiam. Foi chamado de comilão e bebedor de vinho e, no final da Sua vida, foi traído e negado. Seus melhores amigos O abandonaram.
Cristo foi condenado como malfeitor e humilhado, mesmo tendo feito apenas o bem em toda a Sua vida. Mas a maior dor de Jesus foi ter sido abandonado pelo Pai quando estava dependurado na cruz, porque se fez pecado por nós. Jesus veio ao mundo com o propósito de morrer em nosso lugar, para que pudéssemos viver. Jesus veio para que nós pudéssemos chegar ao Pai.

Ele venceu
Jesus não veio apenas para morrer. Ele veio para vencer. Através de Sua morte e ressurreição Ele venceu o pecado, a morte e o Diabo. Não existe destino que Ele não tenha derrotado, nem desesperança ou medo, escuridão ou perdição que Ele não tenha sobrepujado triunfalmente. “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.55-57). Esse é o sentido do Natal! Sem Sua morte e ressurreição não haveria festa de Natal. Por Jesus ser Deus, Ele não podia permanecer morto. O Pai O ressuscitou, Jesus retornou para a glória do Pai e voltará como Soberano sobre todo o mundo.
O Natal é para você apenas uma festa sentimental, com velas, música e presentes? Será que o Natal não significa mais do que um bebê que não sai da manjedoura a vida toda? Está na hora de oferecer um presente a Jesus, um presente que Ele merece há muito tempo: você mesmo! Entregue sua vida a Ele!



(Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br/)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Quando os Valores São Invertidos




Quando os Valores São Invertidos



Por Pr. Sérgio Pereira [1]

Um dos assuntos mais comentados e pregados nos dias atuais tem sido a perda dos valores morais, éticos e espirituais. Nossa sociedade permissiva, pregoeira do relativismo moral, de fundamentos filosóficos contraditórios com a palavra de Deus, o resultado não poderia ser diferente: a rejeição ou inversão dos valores absolutos.
Valores são níveis de preferências pelas coisas, objetos, sentimentos, conhecimento, ou comportamentos. Eles geram algum tipo de conduta, ou seja, servem de parâmetro para a ação das pessoas diante das muitas circunstâncias da vida. Os valores sociais são aqueles que fazem parte do acervo existente em nossa cultura; são os nossos costumes, nossas atitudes, nossas preferências, vistos no contexto social, ou aqueles que elegemos, individualmente, como importantes para nossas vidas. Como cristãos não podemos dissociar nossa vida social da vida e dos valores espirituais. Nossa vida social (que se expressa por meio de nossa vida física e humana no trabalho, na escola, na igreja, na festinha, etc) não pode desligar-se do contexto espiritual sem que neguemos a fé.
Parece que que nos dias de Isaias já havia quem fizesse tais inversões. O profeta Isaías denunciou a atitude daqueles que fazem das trevas luz e da luz trevas; do amargo doce e do doce amargo (Is 5.20). Os que postulam essa inversão de valores estão debaixo de um “ai” de maldição. A corrupção e a decadência dos valores morais tornaram-se tão gritantes que os homens não apenas se distanciaram da verdade, mas tornaram a verdade em mentira e a mentira em verdade. Senão observe o texto: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo" (Is 5.18-25; I Pe 1.15).
Hoje o que temos visto é a igreja e também os crentes nos seus particulares trocar o melhor de Deus, as coisas mais importantes que são promessas na Palavra de Deus, por coisas que não tem nenhum valor. Estão trocando a Palavra de Deus (Bíblia) por livros de conhecimento humano de Deus, que não podem edificar a vida de ninguém e introduzem heresias nas igrejas e também na vida dos crentes. (Ec 12.11-13; II Pe 1.16-21; Sl 119.105). Estão buscando sabedoria deste mundo, enquanto deveriam buscar sabedoria do Alto. (Tg 3.17; I Rs 3.1-14; Pv 1.7). Estão trocando a comunhão com o Espírito Santo, os ensinamentos vindos pelo Espírito Santo por sabedoria humana, coisas aprendidas em faculdades que nada pode acrescentar para a salvação do homem (Gl 1.6-12; I Co 2.1-5; Jo 14.15-26; I Co 2.13; Is 29.13). Estão trocando as coisas do alto por coisas terrenas, ou seja, estão trocando a fé no invisível pelo que é visível. (Cl 3.1, 2; Mt 6.25-33; II Co 4.16-18).
Como consequência da inversão de valores o mundo está dentro da igreja, na verdade a igreja não foi construída para ficar de porta aberta para o mundo entrar nela, mas sim porta aberta para ela sair e invadir o mundo. O mundo está dentro das igrejas através de suas musicas, suas doutrinas, seus lazeres, diante deste quadro não vemos diferença entre a igreja e o mundo. Martinho Lutero diz: "Não é a Igreja que deve determinar o que deve ser ensinado das Escrituras, mas são as Escrituras que determinam o que deve ser ensinado na Igreja".
Geralmente se ouve que as pessoas se perguntam se vale à pena ser honesto. A profecia de Rui Barbosa se cumpriu: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Mas receio que a questão seja um pouco pior: as pessoas já não se perguntam se a honestidade vale à pena, mas sim se a honestidade é possível.

CAUSAS DA INVERSÃO DOS VALORES

Ascensão do relativismo moral. Relativismo é a teoria filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Ela parte do pressuposto de que todo ponto de vista é válido. Essa filosofia afirma ainda que todas as posições morais, todos sistemas religiosos, todos movimentos políticos, etc., são verdades que são relativas ao indivíduo. É uma teoria filosófica baseada na relatividade do conhecimento, da cultura e na moral; nada é absoluto. Assim, tudo é variável, tudo depende da situação e na sociedade vigente. Segundo tais ensinos, o bem pode ser considerado “bem” em uma sociedade, em outro lugar, não. Declaram que a moral é algo relativo. Assim, a noção de certo e errado não existe; tudo é relativo. Em consequência, segundo o relativismo, um pode julgar ser pecado uma atitude e outro não. Entretanto, diante da Palavra de Deus, tudo é esclarecido, pois ela é a nossa norma de conduta: “Bem aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova” (Rm 14.22). A sociedade pós moderna tem sofrido as conseqüências da adoção dessa teoria filosófica. Assim, temos presenciado o que tem ocorrido na sociedade americana. Muitos estudantes têm matado colegas e professores. Podemos perceber que não são casos isolados, porque em lugares diferentes têm acontecido tais fatos. Por quê? Porque houve o descuido de transmitirem-se verdades fundamentais, tais como Deus, o respeito à vida. E o ensino sobre o pecado e seus efeitos? Não é mencionado. Graças a Deus que tem havido mobilização para o retorno do ensino cristão às escolas. Há necessidade de que os jovens tenham princípios fortes, para nortear sua conduta. Não se pode ficar à mercê do relativismo. Este não serve de guia, não dá certeza de nada, nem segurança. Quem segue o relativismo, não sabe que rumo tomar. Não tem a base para tomar uma corajosa decisão. Estamos vivenciando uma época de relativismo moral com a rejeição de Deus e dos valores cristãos. A verdade absoluta particular está sendo paulatinamente abandonada, a sociedade ergue a bandeira do pluralismo e evita a ideia que há realmente o certo e o errado.
Manifestação Social do Pluralismo. O pluralismo se traduz num maior número de opções disponíveis na sociedade, em todos os aspectos. É no supermercado, na livraria, no vestuário, na arquitetura etc. Pode-se definir pluralização com a frase “viva como achar melhor”, o que tem muitas semelhanças com a antiga Grécia e Roma, só com a diferença de que este “ecumenismo” não tem centro e deu origem a várias cosmovisões. Surgiu um sem número de “fés” que competem entre si, com pouco, ou quase nada em comum.
Crescente mundanismo. O sagrado e o religioso curvando-se ante o profano e o secular. A igreja sendo contaminada por práticas condenadas por Deus. Aberrações litúrgicas tomando o lugar do sagrado culto ao Senhor. Não se faz distinção entre o que é santo e o que é profano. Vivemos numa época de sacralização do profano e de profanação do sagrado. Nunca antes esses elementos estiveram tão misturados como nos tempos pós modernos. Desde há tempos, tenho me preocupado com tudo o que temos colocado no sacro ambiente aqui entre nós. Tenho visto comportamentos dos mais variados no ambiente evangélico pentecostal, comportamentos exibicionistas, egocentristas, o chamado antropocentrismo. Em muitas passagens bíblicas, verificamos a preocupação de Deus com a santidade de seu povo pareada com a preocupação de sua degeneração moral e espiritual (Ez 44.23; Zc 1.14). Esta preocupação tem base no fato de ter o mundo um senhor que se opõe ao Criador, o qual, ainda que muito menor em poder, é entretanto, maior que o homem. Devido a este quadro ameaçador para todo aquele que quiser adorar a Deus, lembrando que o deus deste mundo não conhece a misericórdia, é que o Senhor se apresenta nas Escrituras, como sendo o nosso refúgio e fortaleza para resistir e enfrentar o maligno desmanchando os seus laços. Esta batalha é antiga: quando o homem foi criado Satanás já havia se rebelado contra Deus e desde então ficaram delineados o santo (o que pertence ao Senhor) e o profano ou mundano (o que pertence ao deus deste mundo).
Subversão espiritual. Isso pode ocorrer com pessoas na igreja que, além de imaturas, são carnais, que se deixam levar por novas idéias, princípios e atitudes sem respaldo bíblico. Elas promovem confusão doutrinária, renegam a fé recebida, e forjam outras doutrinas fora dos princípios básicos da doutrina cristã defendidos na Bíblia Sagrada. Além disso, em nome de uma falsa revelação espiritual, contrariando toda a revelação bíblica, distorcem a verdade de acordo com suas conveniências pessoais e desvirtuam o texto bíblico de várias maneiras, para adaptá-lo ao seu modo de crer; aos seus conceitos pessoais (2 Tm 2.18; 3.7,8).

COMO REAGIR A INVERSÃO DE VALORES
Listo alguns princípios fundamentais:
Ø Denuncie o pecado e rompa definitivamente com ele
Ø Viva os valores do Reino de Deus. Não transija com os valores absolutos da Palavra de Deus. Não venda sua consciência. A verdadeira mensagem do evangelho não se conforma com os discursos politicamente corretos, nem tampouco com mensagens extraídas com boa exegese e hermenêutica, mas conforma-se aos elevados padrões da santidade divina (Mt 5.20,48; I Tm 3.15;6.11).
Ø Devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar aquilo que é justo (I Jo 2.15-17) e não ceder aos vários tipos de mundanismo que rodeiam a igreja, tais como cobiça, egoísmo, oportunismo, conceitos humanistas, artifícios políticos visando ao poder, inveja, ódio, vingança, impureza, linguagem imunda, diversões ímpias, vestes imodestas e provocantes, imoralidade, drogas, bebidas alcoólicas e companhias mundanas.
Ø Devemos conformar nossa mente à maneira de Deus pensar (1 Co 2.16; Fp 2.5), mediante a leitura da Palavra de Deus e sua meditação (Sl 119.11,148; Jo 8.31,32; 15.7). Devemos permitir que nossos planos, alvos e aspirações sejam determinados pelas verdades celestiais e eternas e não por este presente século mau, profano e passageiro.

Diferentemente dos seculares, os valores de Deus são: (1) absolutos: Deus é soberano, por conseguinte, seus princípios e preceitos também os são (Rm 11.34-36). O homem pode até rejeitá-los, mas a conseqüência será sua própria ruína (Dt 12.28; Gl 6.7,8); (2) imutáveis: Deus não muda (Ml 3.6; Hb 13.8), por isso, seus preceitos e princípios jamais mudarão, de eternidade a eternidade permanece a palavra de Deus (Sl 119.89; Mc13.31); e (3 ) universais: Deus é único, em toda parte, apenas Ele é Deus (Dt 6.4; II Sm 7.22; Is 45.21; 46.9; I Co 8.4), portanto, seus preceitos e princípios não estão restritos a um determinado país ou região (Mt 28.18-20).
Nós, os cristãos, a fim de dar o exemplo, devemos viver, não de acordo com os preceitos e princípios humanistas, mas com a vontade de Deus que é absoluta, imutável e universal.

[1] Sérgio Pereira é Pastor na AD em Florianópolis (SC), onde atua como Pastor Setorial no Setor 5- Tapera, ministro filiado a CGADB e CIADESCP. Bacharel em Teologia, especializado em Bíblia, professor, conferencista e escritor