quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Não Quero Invejar Nem os de Dentro Nem os de Fora!

A partir de hoje, com a ajuda de Deus, vou enfrentar a inveja. Não vou mais mentir dizendo para mim que não sou invejoso. Confessarei o pecado da inveja e me porei contra ela, suficientemente convencido de que é uma doença capaz de me destruir e tão grave “como câncer” (Pv 14.30, NTLH).
A inveja não é algo de pequena monta. Ela está sempre ao lado de outras coisas terríveis (as tais obras da carne de que fala Gálatas 5.19-21). A inveja não é passiva; não cruza os braços; não fica parada em momento algum. Ela é ativa, dinâmica e incontrolável. Se não for barrada na nascente, leva o invejoso automaticamente ao crime. Não foi a inveja de Caim que provocou o primeiro assassinato da história (Gn 4.8)? O livro de Gênesis conta que “Isaque tinha tantas ovelhas e cabras, tanto gado e tantos empregados, que os filisteus acabaram ficando com inveja dele”. A inveja dos vizinhos levou-os a entupir todos os poços dos quais o patriarca se servia para matar a sede do gado e regar a lavoura (Gn 26.14-15). Foi por inveja que os irmãos de José o venderam para ser escravo no Egito (At 7.9).
A inveja no âmbito religioso é um problema sério na história passada e presente da igreja cristã. Porque Deus aceitou com agrado a oferta de Abel e não a de Caim, este “ficou furioso e fechou a cara”. E acabou matando o irmão (Gn 4.5, NTLH). Jesus foi entregue a Pilatos para ser condenado à morte por causa da inveja incontrolada dos chefes dos sacerdotes, como facilmente enxergou Pilatos (Mc 15.10).
Poucas semanas depois, os saduceus ficaram com tanta inveja do sucesso dos apóstolos que os mandaram prender (At 5.17-18). Tanto em Antioquia como em Tessalônica, Paulo sofreu horrores por causa da inveja dos judeus (At 13.45; 17.5). Havia sérios problemas de inveja na igreja de Corinto, além de “brigas, manifestações de ira, divisões, calúnias, intrigas, arrogância e desordens” (2Co 12.20). Na igreja primitiva, Paulo foi obrigado a admitir que alguns pregavam Cristo “por inveja e discórdia” (Fp 1.15). Pedro também percebeu que Simão, o mago do Samaria, batizado por Filipe, queria o batismo do Espírito Santo porque estava “cheio de inveja, uma inveja amarga como fel” (At 8.23). Diante dessas realidades, o que preciso fazer é mortificar a inveja no meu coração, onde ela mora -- antes que ela saia de lá e cometa seus desatinos.
Estou ciente de que posso invejar também os que estão do lado de fora da igreja. Dou graças a Deus pelo conselho, possivelmente de Davi: “Não se aborreça por causa dos maus, nem tenha inveja dos que praticam o mal. Pois eles vão desaparecer logo como a erva, que seca” (Sl 37.1-2, NTLH). Já tive inveja da prosperidade dos não-crentes (Sl 73.3), mas me curei quando Deus me mostrou a transitoriedade do sucesso deles e o seu destino final (Sl 73.16-19). Já decorei a insistente palavra do sábio dos sábios, que me diz: “Não inveje os pecadores em seu coração” (Pv 3.31; 23.17; 24.1). Os Provérbios de Salomão me garantem também que “os pecadores não têm futuro; [pois] são como uma luz que está se apagando” (Pv 24.20).
Estou tomando uma grande decisão: a de sufocar a inveja. Mas não a tomo sozinho. Tomo-a na certeza do auxílio de cima! Que o Senhor me socorra!

Retirado de: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/327/nao-quero-invejar-nem-os-de-dentro-nem-os-de-fora