sexta-feira, 19 de julho de 2013

A Religiosidade, o Fanatismo Religioso e a Espiritualidade

A Religiosidade, o Fanatismo Religioso e a Espiritualidade



A RELIGIOSIDADE
            Ritos, confissões, cânticos, manifestações de poder ou milagres, assembleias, eventos, rotinas religiosas, etc. são sinais externos e palpáveis que as pessoas gostam como base para sua fé. Em meio a esses ideais se percebe e se vê ritos sem Deus e rito que terminam criando deuses. Dois mundos distintos e variáveis.
            São essas expressões externas da fé que chamo de religiosidade, as coisas reais que dão segurança da existência daquilo em que cremos e confessamos. Por disso está o perigo de valorizarmos apenas essas expressões externas da nossa fé cristã sem, no entanto, cuidar da parte interna, a espiritualidade.
           A religiosidade é na verdade a insensibilidade do homem religioso à própria Bíblia e os ensinos de Cristo.
            A religiosidade é ainda a prática somente da forma externa da religião e o esquecimento das ações da fé, que resulta do contato amoroso com Jesus e não com um deus que se pode julgar dominá-lo pelos ritos e formulas mágicas. Ela tende a esconder ou disfarçar a realidade interna por trás de atos públicos que dão a impressão de dedicação à causa primeira de Cristo, quando na verdade não há compromisso com o Reino de Deus.

O FANATISMO RELIGIOSO
            O fanatismo religioso é sempre irracional e infundado, ou fundado para aqueles que o vivem. Em todos os casos se alimentam de experiências pessoais emocionais, que se tornam egoístas.
            O fanático exalta o exótico, o extravagante, o mundo fora do comum, até mesmo fora da realidade do cristianismo. Mas o fanático é sempre um “fogo de palha”, que impressiona muito no momento, pelo seu ar de inerrância, super “santo”, no entanto, é passageiro.
            O fanatismo separa-nos das outros seres humanos, desprezando o próximo como indigno das mesmas experiências, ou que as experiências dos outros são puras “heresias”. Dessa forma o fanatismo nos distancia do mundo real pelo envolvimento em atividades emocionais, própria ou de outros.
            Em fim, o fanatismo fica contente apenas com suas experiências emotiva e comovente infundada sobre um determinado assunto, uma doutrina “nova” ou doutrinas velhas revistas, um comportamento.
            Jesus reservou suas críticas mais pesadas e suas advertências mais fortes para aqueles que somente se ocupam da religiosidade. Os fariseus ficaram na mira de Jesus, pois eram desses que somente valorizavam a forma externa da religião (Lc 18,9-14).

A ESPIRITUALIDADE
Somos por Jesus desafiado a buscar uma espiritualidade verdadeira. O texto de Êxodo 20,4-6 reconhece o perigo de substituir a fé verdadeira por atos externos. Com isso não quero dizer que não devamos mostrar a nossa fé por elementos externos, longe de mim, fazer assim é bom e enriquece o símbolo cristão. Tendo isso em mente podemos ter nossos atos externo de fé, quando as nossas práticas exteriores, na verdade, são reflexo daquilo que dispomos no nosso interior e do compromisso sério com Deus e sua causa.
O que é quero advertir é que a espiritualidade tem haver com as nossas atitudes, nossas ações decorrentes e motivos com que adoramos a Deus. A espiritualidade é participação ativa e alegre na vida em comunidade, que baseia no compromisso por pela causa do evangelho e tende a ser solidário. A espiritualidade leva-nos a sofrer junto com e por alguém, nos envolvendo com as dificuldades dos outros, a compreender as limitações de quem está caminhando junto com o outro. Opera dentro dos das experiências normais e naturais da vida humana.
A natureza da espiritualidade é duradoura, embora menos espetacular. Leva a pessoa a relacionamentos humanos e compromisso de transformar o sentimento que o evangelho de Cristo causou em nós em atitudes práticas com o próximo. Ela dispensa os significados preconceituosos de emoção.
A espiritualidade é compreendida como algo que faz o homem participar da vida. A vida atualizada, que cria possibilidades diante da finitude.  A espiritualidade como amor é a tendência que conduz à união do que está separado, as nossas diferenças. Esse amor é descrito como a reunião do que está separado, para dar sentido à vida como atualização. Toda experiência de amor, deve estar fundada originalmente numa experiência do ser doadora de sentido para Deus em nós e para o próximo.
A espiritualidade é o amor que reúne os homens pelo bem superior, o bem do próximo, protótipo do amor de Deus pelo homem. Essa forma amorosa é colocada como mais elevada por estar mais próxima do ser do homem e do Ser-Deus.
A espiritualidade é espiritualidade quando nos leva a amar a Deus, independente da forma exterior, e ao próximo, como do nosso amor por Deus, na sua forma mais real. Esse foi o imperativo da pregação de Cristo.

CONCLUSÃO: eis o nosso desafio!
      Sem cair num vazio religioso, somos convidados por Jesus para buscar a verdadeira espiritualidade. Orar, sem, no entanto usar vãs repetições ou aquelas palavras mirabolantes, querendo encantar quem nos ouve orar. Somos chamados a ler a Bíblia, sem nos orgulharmos da nossa capacidade de memorizar muitas passagens bíblicas e da capacidade de utilizar muitas palavras para ganhar outros em argumentos.
            O desafio também é para termos uma participação assídua na Igreja, sem aquela propaganda de nós mesmos. Somos chamados a praticar todos os atos de piedade, mas sem condenar aqueles nossos semelhantes que acompanham nosso ritmo de vida religiosa. Viver a nossa fé, por termos um compromisso sério com a vontade de Deus e a pregação de Jesus, procurando fazer sua vontade com todo o nosso ser, sem desprezar o próximo nem marginalizá-lo.


3 comentários:

Anônimo disse...

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Porquanto não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus (Rm 1.16) disse...

Adilson Martins

Muito bom esse texto, penso eu que muitos crentes da atualidade devem aprender a fundo o significado da religiosidade, fanatismo religioso (muito atual nos nossos dias), e Espiritualidade. Parabéns pelo texto, muito 10, 10 não, É 1000 !

_ disse...

"para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em mim e Eu em Ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste." (João 17:21)

A vontade de Deus o Pai e de seu Filho Jesus, é que todos os cristãos sejam um, isso sujere unidade ou união mas na realidade não é o que vemos por aí.

"E, se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode subsistir;" (Mc 3:24 e Sl 133:1)

Divisão significa duas visões, no Brasil cada religião cristã tem uma visão diferente da outra, por isso a tendência do reino religioso é deixar de existir por falta de união.

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2:42)
"Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco." (II Cor. 13:11)

O povo de Deus não está perseverando, não vivem em paz, não tem um mesmo parecer ignorando assim o ensinamento dos apóstolos portanto desagradando o criador.

"Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei." (Jo 2:19 e Mt 25:2)

O próprio Jesus é contrário ao modelo de sistema religioso institucional, com essa declaração ele mesmo constituiu cada cristão um templo ao ressuscitar no terceiro dia.

"Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (I Cor. 6:19)

Não existe necessidade de prédios físicos, agora Deus o Pai e Jesus o Senhor habita dentro de cada um que o receber como Senhor e salvador.

"Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta:" (Atos 7:48)

Veja que a vida do Deus altíssimo pelo seu Espírito não habita em construções feitas por mãos humanas porque Jesus aboliu esse modelo de adoração.

"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (João 4:24)

Adorar em espírito significa exaltar, louvar, glorificar, engrandecer, ter temor reverencial ao Espírito de Deus que habita no cristão através da maneira de viver, falar, comportar-se, tratar o próximo como Jesus tratou, amando, bendizendo, orando, tendo compaixão, misericórdia, sendo pacificador, curando e desejando o bem sempre.

"Mas vòs sois a geração eleita, o sacerdòcio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;" (I Pe 2:9)

A palavra igreja no novo concerto significa pessoas convertidas a Cristo em um determinado lugar, e não religiões institucionalizadas com cargos hierárquicos e fins comerciais ou lucrativos, Jesus nunca cobrou 1 centavo sequer para anunciar a palavra do Pai celestial o Mestre não teve religião e não deixou nenhuma para ser seguida, deixou-se a si mesmo para ser seguido como exemplo de amor.

"Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito." (Jo 14:26)

Maior e melhor professor: O Espírito de Deus.

“E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis." (I Jo 2:27)

É a unção de Deus na vida do cristão que o ensina tudo através da sagrada escritura.

"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;" (Mt 16:24)

As lideranças do sistema de religiões principalmente as cristãs têm mantido suas mentes e a de seus seguidores igualmente seguidores engessadas e cativas ou escravas de ensinamentos que são preceitos de homens quando que na verdade o Filho de Deus veio para libertar os filhos do altíssimo até mesmo das rotinas religiosas e do endeusamento de instituições religiosas que se tornam fanatismo e idolatria em suas vidas.